quarta-feira, 18 de julho de 2007

Real Man Of Genius


A menos que você seja publicitário como eu (ou more nos Estados Unidos como o Dr Rey, aquele cirurgião plástico brasileiro de ternos bizarros, que tem um programa de televisão), não deve conhecer aquela que talvez seja a melhor campanha de cerveja já feita: "Real Men Of Genius", da Bud Light. Hilários, os comerciais prestam homenagem a tipos ordinários, de valor discutível, como o "Senhor Cara Que Usa Colônia Demais", o "Senhor Inventor da Salada de Tacos" e, o meu preferido, o "Senhor Cara Que Dança Muito, Muito Mal". Esse último, descobri ser de Portugal.

Encontrei-o há poucas horas, e só não pedi autógrafo para não interromper mais uma de suas belíssimas coerografias. Ao contrário do que diziam os cartazes e os ingressos, o show no Coliseu de Lisboa não era do Artic Monkeys; era do gordinho de cabelo encaracolado e camisa pólo à minha frente. Contrariando os manuais de comportamento em shows de rock, nos quais os movimentos masculinos devem limitar-se a sacudir a cabeça, bater o pé e levantar a mão pedindo cerveja, o bolo-fofo parecia possuído. Não parava de estrimilicar-se, balançava os braços e os cachinhos, a seguir um ritmo que deveria estar sendo tocado em alguma festa em Uganda. Espetacular. Tanto que, depois de tê-lo notado, não consegui voltar minha atenção à banda, por mais que tentasse.

Após a última música, nada de bis. A platéia, conformada, não pediu. Eu também não. Com sua forma pouco atlética, o "Senhor Cara Que Dança Muito, Muito Mal" precisaria de bastante de descanso até conseguir repetir a performance.

2 comentários:

Marcelo Machado disse...

Filmou?

ju leal disse...

e se duvidar o cara tomava uma coca ao inves da cerveja, tudo isso num show de rock ou vc cobrava o ingresso do tal "que dançava muito mal, muito mal" que tirou sua atenção, ou levava pra casa, pq um tipo desse deveria ser criado no carpete!uhauha