segunda-feira, 27 de abril de 2009

Fat ass

Ele disse que, até o fim da semana, tiraria seu rabo daqui. Pelo tamanho do rabo, duvido.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Reencontro com Danny Boyle



Vindo do Rudge Ramos, o Transbus me deixou em frente ao Shopping São Caetano. Como é até hoje, quarta-feira o cinema cobrava meia, que a carteirinha de estudante, naquela época legítima, convertia a ¼ de entrada. Para quem não tinha nem estágio, aquela economia valia bem mais do que as duas aulas cabuladas para aproveitar a promoção. Uma crítica positiva do Diário do Grande ABC tinha chamado a minha atenção para o filme do diretor desconhecido, mas o que o referendava mesmo era o nome. Para um fã de fitas de terror como eu, “Cova Rasa” só podia ser excelente.

O título não era propaganda enganosa. Saí da sessão feliz, ansioso pelo próximo filme do novato Danny Boyle, de quem àquela altura já era fã. Ficaria ainda mais quando a minha espera terminasse dois anos depois, muito bem recompensada. “Trainspotting” recebeu da imprensa especializada elogios mais entusiasmados do que os feitos à “Cova”, e, de fato, era um filme superior, mesmo sem ter um nome tão bacana. Não fui o primeiro a chamá-lo de “o filme da minha geração”, mas, com uma definição tão precisa, para que procurar outras? Em 12 anos, devo ter assistido mais ou menos o mesmo número de vezes.

Nessa mais de década em que tanto revi “Trainspotting”, Boyle lançou uma série de títulos de vários gêneros, que, embora bastante diferentes entre si, têm em comum a estranheza. Vi quase todos e, dos que vi, gostei de todos. “A Ilha”, com Leonardo Di Caprio vivendo delírios de vídeo game, “Extermínio” reinventando os filmes de zumbi – até demais na opinião de um amigo meu, que não vê sentido em zumbis rápidos e superfortes, afinal, estão em decomposição. Em “Caiu do Céu”, o diretor retorna ao tema “achei uma mala de grana que não me pertence, e agora?”, ilustrado com diálogos bizarros de um garotinho com os santos católicos representantes de seus questionamentos morais. Mas, mesmo com uma produção respeitável, parecia que Danny Boyle já tinha nos dado que o tinha de melhor. Talvez isso seja verdade, mas “Quem Quer Ser Um Milionário?” é um esforço válido para retomar a forma de antes.

Fui ver sexta-feira. Como há 14 anos, quando assisti a "Cova Rasa", fui ao cinema sozinho. Esse, aliás, é um dos únicos pontos que unem a sessão de hoje àquela, dos tempos de faculdade. Não sou tão duro quanto na época – mas, ainda assim, engasguei ao pagar os absurdos 15 reais –, e o então iniciante hoje tem 8 Oscar dividindo espaço com os retratos de família na estante. (É, o Danny Boyle se deu ligeiramente melhor do que eu.) Dessa vez, as críticas não eram tão boas – não que eu tenha visto a do Diário do Grande ABC –, nem o título era tão instigante – nenhuma insinuação de assassinato à vista. Alguns amigos, no entanto, elogiaram o filme. Isso, somado à minha simpatia pelo cineasta, bastou para que eu pagasse o ingresso. E aí a segunda semelhança com a sessão de há 14 anos: saí do cinema sorrindo.

Mas os tempos são outros, sem dúvida. Se em 1995 meu sorriso foi motivado pela ironia mórbida de um filme surpreendente, a causa do de hoje foi o alto astral de uma fita que também superou minhas expectativas. Conhecendo a filmografia de Boyle, esperava uma fita bacana, porém, tendo lido reviews que a caracterizaram como uma cópia de “Cidade de Deus”, entre outras coisas, não tinha esperança que fosse mais que isso. O diretor não nega a influência de Fernando Meirelles – até porque, se negasse, seria muita cara de pau –, mas isso, em nenhum momento, diminui os seus méritos. A narrativa, que mostra o garoto semi-iletrado contando a origem das respostas para as perguntas do quiz show que dá nome ao filme, é muito bem estruturada. À cada explicação, somos levados ao seu passado de merda (se você assistiu, entendeu que o trocadilho era irresistível), e presenciamos episódios de sua batalha pela sobrevivência em Mumbai. Descobrimos que o rapaz é mais um formando da escola da vida, graduado com louvor e milhões de rúpias. Excelentes direção de atores e fotografia – em cujos créditos o César Charlone merecia estar, claro. Até o final, com coreografia canastrona à la Bollywood, de que muito se falou mal, me agradou. Desnecessário? Não na medida em que acrescenta ao filme um toque de bizarrice, item tão comum aos filmes de Boyle.

Aliás, bem que poderiam aparecer algumas centenas de bailarinos indianos agora. Não faço ideia de como terminar esse texto.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sábado de manhã

Quando soube da lei que permite bloquear as ligações de telemarketing, pensou em se cadastrar. Mas logo desistiu. Se fizesse aquilo, o telefone não tocaria mais.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

This night has opened my eyes (and ears)

Até hoje não tinha sabia por que minha televisão e minha aparelhagem de som custaram tão caro. Agora, depois que meu amigo nerd (se você não tem um, eu aconselho) veio à minha casa e instalou corretamente o equipamento, tudo fez sentido. Mesmo assim, não me iludo: sei que não terei respostas para todas as minhas dúvidas existenciais.