segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Lei de ano novo

Sou cético, bem cético, põe cético nisso. Mas, mais que cético, sou bobo. Por isso, há exato um ano, criei uma "lei" de ano novo: o primeiro filme que se vê determina como vão ser seus próximos 365 dias. Lembro bem, fiz isso em interesse próprio, ao sair de uma sessão do excelente "Capitão Fantástico". 

Meio que funcionou. Se meu 2017 não foi tão inspirado, divertido e emocionante quanto o filme, também não posso reclamar. Agora, evoco essa "lei" mais uma vez em meu benefício. Acabo de ver "Meyrowitz", produção Netflix assinada pelo Noah Baumbach. Como em toda a obra do diretor, o filme mistura drama e comédia, sem exagerar na dose para nenhum dos lados. Tem um bocado de dor e lágrimas, outro tanto de cenas patéticas que causam risos constrangidos, mas também arranca sorrisos. É um belo filme, e melhora bastante do meio para o fim. 

Não é bem o que desejo para o meu 2018 -- em especial a parte das lágrimas e do constrangimento. Também não espero que só engrene de verdade lá para junho. O que quero, mesmo, é chegar ao fim do ano achando "putz, que legal, valeu a pena". Assim como senti ao terminar "Meyrowitz".