Tenho este Anotações
Mentais há seis anos, antes mesmo de possuir um perfil no Facebook – acho que,
em 2007, pouca gente fora de Harvard tinha. Só na semana passada, porém, criei
uma fanpage na rede social do
Zuckerberg para promover o blog. Você, provavelmente, sabe disso. Você, mais
provavelmente ainda, só chegou aqui por meio da tal página. Por isso, eu
agradeço ao Mark. Obrigado, Mark.
Além de você, outro
reflexo do Facebook neste blog é a frequência dos textos. Nunca na história
desta pequena publicação digital, o espaço entre as postagens foi tão pequeno. Quer
dizer, para falar a verdade, foi sim, no princípio, quando comecei a
escrevê-lo, em Portugal – era a empolgação do início, a mesma que faz o sexo
ser mais repetido e intenso no começo das relações. Nesse sentido, a fanpage teve sobre o blog o mesmo efeito
de uma segunda lua de mel. Desse mesmo fôlego renovado, veio a vontade de fazer
uma ilustração para o blog e para a fanpage.
Que servisse também como avatar para a segunda mídia. E sim, é um
autorretrato.
Além de escrever,
talvez você saiba, gosto de desenhar. Insisto nestas duas atividades desde
sempre, mesmo desde sempre duvidando que tenho talento para qualquer uma delas.
Sou dessas pessoas multitarefa, o que a rigor quer dizer que faço várias
coisas, e todas mal. Piadinhas autodepreciativas à parte, embora veja certo
mérito nos meus Mal Traçados Traços (nome engraçadinho que dei à minha página
de desenhos), reconheço que nunca consegui me
desenhar de forma decente. As canetadas finais nos meus autorretratos
invariavelmente são acompanhadas pela paráfrase do Roberto Carlos: “este cara
não sou eu”. Se você me conhece pessoalmente – ou se viu uma das minhas fotos
por aí – também deve ter dito o mesmo, trocando, obviamente, o “sou eu” por “é
o Leandro”.
Ciente desta minha
limitação artística, em princípio, quando comecei esta arte, a intenção não era
me desenhar. Mas, quando dei por mim, o cara no centro da folha, imerso entre personagens-pensamentos que
remetem às minhas anotações mentais, era
eu. Afinal, quem faz as tais anotações sou
eu. Pode ser um eu inconscientemente melhorado, quem sabe, menos cabeçudo,
mas sou eu. Pelo menos, a camisa dele é igualzinha a uma que tenho.
Este não é, aliás, o
único autorretrato que você encontra por aqui. Todos os textos postados, desde
de 2007, são, de certa forma, autorretratos. E não apenas os mais pessoais.
Tudo aqui é um reflexo do que penso, do que gosto, do que sinto, do que observo
e como observo. E, ao contrário das tentativas de transpor minhas
características físicas para o papel, estou certo: o que escrevo me retrata
bem.
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