sexta-feira, 7 de março de 2014

É amanhã: lançamento de Quem Vai Ficar Com Morrissey?


Tentei me levantar para correr esta manhã. Consegui. Me levantar, não correr. Já tinha vestido os shorts, estava com as meias nas mãos, quando a consciência pesou, e voltei para a cama. Geralmente, ela pesa se não corro, mas hoje não é geralmente. É véspera do lançamento do meu primeiro livro, e ainda estou me recuperando dos estragos do carnaval.

Os carnavais no Rio repetem-se ano a ano, e ainda assim cada um é uma experiência sui generis. O que também muda com o passar dos anos é minha capacidade de recuperação: nem com a recente rotina de semi-atleta, meu corpo assimilou melhor a fadiga de materiais causada por dias de muito álcool e noites de pouco sono. Quer dizer, até cheguei a pensar que, desta vez, as coisas seriam diferentes. Quarta, no dia seguinte à volta para casa, tirando algumas dores já esperadas, estava relativamente bem, tanto que fui à academia e almocei normalmente. Ao chegar ao meu sofá, no entanto, entendi o pressentimento que me impedia de saborear devidamente a deliciosa carne preparada pela minha mãe. O peso que senti na boca do estômago ao deitar diante da TV, em minutos, converteu-se no primeiro de uma série de quatro vômitos, que se estendeu noite adentro e me impediu de ingerir qualquer coisa até o dia seguinte.

Ontem, de volta ao trabalho, a garganta machucada pelo fluxo estomacal me fez incomumente rouco e, mais incomumente ainda, calado. Como amanhã, por ocasião do lançamento de "Quem Vai Ficar Com Morrissey?", serei entrevistado na rádio Antena Zero e vou falar com um monte de gente, achei por bem me poupar também hoje. Afinal, posso me recuperar desses dias sem exercício, já com os danos causados pela perda de voz amanhã, seria bem mais complicado.


Aparece lá amanhã, no Espaço Cultural Antena Zero (Galeria Ouro Fino, Rua Augusta, 2690, loja 213, Jardins – SP), a partir das 16:00. A gente troca uma ideia. Minha garganta promete que vai deixar.

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