domingo, 8 de março de 2015

(Un)happy Birthday


Acabo de chegar em casa. Passa da meia-noite. Tecnicamente, já é 8 de março. No meu calendário pessoal, a data não representa o dia das mulheres – ao menos não em primeiro lugar, como, a jukebox mental me lembrou, o Benito De Paula as coloca. Esta data marca o primeiro ano do lançamento do meu livro de estreia, responsável por popularizar (tanto quanto possível para um livro independente) a própria jukebox mental, a reboque da história da divisão de bens indivisíveis do casal Fernando e Lívia.

"Quem Vai Ficar Com Morrissey?" faz aniversário, e, parafraseando o pior da publicidade, quem ganha o presente sou eu. Foi um ano singular. Doze meses em que fiz amigos e conquistei fãs (além dos meus pais, veja você), alguns deles, inclusive, nem são (ou não eram) fãs do Morrissey e dos Smiths. Esta, aliás, talvez seja uma das minhas maiores alegrias com este livro, como já destaquei em algumas das entrevistas que dei nesse período: mesmo com uma história baseada em experiências e gostos extremamente pessoais, ter conseguido gerar identificação com gente de um perfil tão diferente do meu. Algum escritor russo (não lembro qual) disse: "Se quiser ser universal, fale sobre sua aldeia". Foi isso que eu fiz e o que, guardadas as proporções, acho que consegui ser.

Obrigado a você, que leu o livro. Obrigado a você, que ainda vai ler. Obrigado aos amigos da Edições Ideal, principalmente ao Viegas, à Maria, ao Felipe e à Laura, que acreditaram no livro e o tornaram possível. Obrigado ao Charles Franco, que me apresentou ao Viegas. Obrigado ao amigo Pedro Gonçalves, que emprestou seu talento e sensibilidade para mais que um prefácio, uma ode ao culto "smithiano". Obrigado ao grande Butcher Billy, autor da arte icônica que estampa a capa (pela qual, sempre disse, espero que meu livro seja julgado). Obrigado ao filho da puta que me atropelou, digo, que atropelou o Fernando e, sem querer, o apresentou ao Morrissey.


Aliás, era para ter encontrado com Ele hoje. Ou quase: entre os três covers que o representam, o Roberto, cantor carioca que conheci há um ano, no evento de lançamento, mais um dos amigos conquistados graças ao livro. Era para eu ter ido a uma festa tributo ao Morrissey, em Santo André, mas não deu. Trabalhando até agora, infelizmente, não pude comemorar o 1º ano do livro como gostaria. Mas, de certa forma, eu estive lá: a festa sorteou um exemplar de "Quem Vai Ficar Com Morrissey?". Com quem quer que tenha ficado, tenho certeza de que ficou em boas mãos.

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