Essa moçada, em sua maioria, foi ver o Killers, a
que assisti pela 4ª e última vez. Desde a primeira, há quase 6 anos, na Marina
da Glória (Rio de Janeiro), a banda cresceu muito. Do show quase intimista de
então, os caras cumpriram o objetivo anunciado pela pirotecnia e pelos “oh, oh,
oh” incessantes: tá bom, Brandon Flowers, agora você tem uma banda de estádio.
Satisfeito? Espero que sim, porque a música, ah, a música. Está tudo ali, mas
falta algo. Falta alma, falta espontaneidade. Sobra emoção ensaiada, sobra
empolgação forçada. Mas a música...
Dos outros shows que vi, o do Temper Trap
me deu uma certa pena. A banda do vocalista filipino genérico é interessante,
mas intimista demais para um palco daquele porte. O Flaming Lips, ah, que
preguiça. Mais happening do que música. Os intelectuais e artistas plásticos
presentes devem ter adorado, mas eu achei um saco. Bom mesmo foi o Cake.
Confirmando a fama de uma das bandas mais gente boa de que se tem notícia, os
americanos conseguiram desfazer a impressão ruim que tinham deixado após a apresentação
que vi no Hotel Unique – cujo espaço, verdade seja dita, também não os
favoreceu. Não pouparam hits, nem simpatia.
A simpatia, por sinal, talvez
pudessem ter poupado um pouco. Num show de pouco mais de uma hora, não caberia
tanta interação com o público, promovida pelo carismático vocalista. Mas coube,
já que eles – ô banda gente fina – estenderam o espetáculo por mais uns 20
minutos, apesar do desrespeito da organização, que colocou o som da tenda de música
eletrônica ao lado mais alto que o deles. Só por isso, se quisessem, os caras
do Cake teriam motivos de sobra para reclamar do Lollapalooza. Graças a eles, e
só, eu não tenho.
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