Declarou-se estado de calamidade. Não pública, que o meu cérebro é particular. A massa cinzenta nunca esteve tanto. As cores deram lugar à estiagem sertaneja, que faz árido meu solo cerebral, repleto de esqueletos criativos, mortos de fome e de sede. Os lampejos remanescentes, os mais resistentes, acotovelam-se no pau-de-arara, provavelmente o último. Buscam outro córtex, onde possam ter futuro. Lamentam deixar o lugar onde nasceram, mas sabem que é o único jeito. Quem sabe, no futuro, quando as coisas por aqui melhorarem, eles voltam. Mas nada indica que algo vá melhorar. Mortificado, o cenário da minha cabeça é desolador.
(Falta de inspiração? Não: reforma ortográfica. Não sei ter idéias sem acento.)
2 comentários:
Também não sei... como é que pode uma coisa dessas?
Sofia, os gramáticos tem idéias, mas elas são tão ruins que não são dignas de acento.
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