quarta-feira, 2 de julho de 2008

Cremes faciais resistiriam a um ataque nuclear?


O que pode ser mais abjeto, mais infecto, mais sujo que uma barata? Talvez meu vizinho, que tocava o tema de "Tubarão" peidando, mas, como Alice não o conhecia, chegou à conclusão de que nada era mais repugnante que as cucarachas. Por isso, ao ver uma a balançar placidamente as antenas no seu banheiro, pensou, de modo um tanto elementar, que a forma mais eficiente de liquidá-la seria uma overdose de cuidados estéticos.

Um ser escroto daqueles não resistiria ao condicionador Lancôme e ao shampoo L’Oreal. O quê? Alice espantou-se ao notar que, após o primeiro ataque, o inseto continuou todo serelepe, mexendo as anteninhas em meio às borbulhas. Persistente na teoria, virou todo o creme facial Anna Pegova sobre o bicho: manteve-se lépido e fagueiro, ainda sacudindo alegremente as antenas. Sem se dar por vencida, alcançou o hidratante Clinique e esvaziou-o em cima da barata. Agora, sim, era o fim do inseto, indicavam suas antenas, finalmente imóveis.

Tão feliz por atestar a eficácia de seu método de extermínio de pragas, Alice nem notou que, dali por diante, pequenas quantidades de seus produtos de beleza desapareceriam sempre que deixados abertos.

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